Just take a deep breath
1º CAPT
Carolina
Estávamos ali os dois naquele a que podemos chamar o nosso
mundo, o lugar onde as nossas mentes e os nossos corações falam abertamente, o
lugar onde eu o posso amar sem ser julgada…
Estávamos de mãos dadas, o silêncio percorria o nosso
caminho enquanto as nossas bocas se aproximavam. Aquele momento intenso quando
os nossos olhos se fecham involuntariamente, que as nossas bocas se tocam e que
as nossas línguas exploram a nossa boca.
Tinha sido um ano top, tinha sido o ano em que o tinha
conhecido, o ano em que tinha aprendido a amar e a ser amada, porém toda esta
felicidade acabava quando me lembrava que no dia seguinte era o último dia de
aulas, dia esse em que ele iria morar para o outro lado do mundo.
Só de pensar que os nossos caminhos vão ser diferentes, não
vamos caminhar mais lado a lado, não vou sentir o seu toque na minha cara e os
seus abraços que me reconfortavam. De repente senti o seu corpo a levantar – se
do banco do jardim onde estávamos sentados, pegou – me a mão e puxou – me para
cima. Começei a ouvir música vinda do telemóvel dele, puxou – me contra
si e disse:
- Como se fosse a última vez…
As lágrimas quase me escorriam pela cara, mas não, não
poderia estragar aquele momento, não podia mostrar fraqueza, por muito que me
custasse.
Senti os seus lábios a esmagarem os meus mais uma vez, os
nosso corpos colados e as minhas mãos deslizavam pelas costas dele, quando que
as dele se dirigiam para os meus cabelos loiros. Naquele momento sentia – me uma
autêntica montanha – russa, sentia – me feliz por estar com ele, por ele me
amar, mas por outro lado só me apetecia chorar…
As nossas bocas despegaram – se, e senti os seus braços a envolverem
– me, colámos os nossos corpos e dançámos uma músiquinha. No meio dos nossos
corpos circulava o desejo, o desejo de cometer loucuras, o desejo de o amar
fisicamente, e mesmo que ele não o verbaliza- se eu conseguia interpretar. Quando a música acabou pus – me em bicos dos pés para lhe
beijar o nariz, ele sorriu, e inevitavelmente escorreu uma lágrima pela minha
cara.
- Vem comigo princesa – puxou – me tão bruscamente que tropecei.
Fomos na mota dele até um sitio que eu não sabia que
existia, a um sitio cuja paisagem me fazia esquecer todos os meus dramas…
- Gostas? – Perguntou ele, com o seu sorriso pepsodente e
com os seus olhos verdes a brilhar.
- Se eu gosto? EU AMO!!
Sorriu – me, pegou em mim e rodopiou comigo no ar. Acabamos
por cair os dois na areia, visto que estávamos os dois num género de praia.
Caímos de forma a que eu ficasse quase em cima dele. Olhou –
me com um olhar perfurante mas ardente de desejo, não era que não sentisse o
mesmo mas tinha medo. Senti a mão dele a entrar dentro da minha camisola,
peguei na mão dele e neguei:
- Eu respeito – disse ele sorrindo.
O que mais poderia eu querer? Tinha um namorado perfeito,
que me amava não interessa o meu estado, físico ou psicológico, que está sempre
lá para mim… Pena é isso possa tudo acabar amanhã…
Espero que gostem, e deixem as vossas opiniões
Beijo