quarta-feira, 29 de fevereiro de 2012


Just take a deep breath

1º CAPT

Carolina
Estávamos ali os dois naquele a que podemos chamar o nosso mundo, o lugar onde as nossas mentes e os nossos corações falam abertamente, o lugar onde eu o posso amar sem ser julgada…

Estávamos de mãos dadas, o silêncio percorria o nosso caminho enquanto as nossas bocas se aproximavam. Aquele momento intenso quando os nossos olhos se fecham involuntariamente, que as nossas bocas se tocam e que as nossas línguas exploram a nossa boca.

Tinha sido um ano top, tinha sido o ano em que o tinha conhecido, o ano em que tinha aprendido a amar e a ser amada, porém toda esta felicidade acabava quando me lembrava que no dia seguinte era o último dia de aulas, dia esse em que ele iria morar para o outro lado do mundo.

Só de pensar que os nossos caminhos vão ser diferentes, não vamos caminhar mais lado a lado, não vou sentir o seu toque na minha cara e os seus abraços que me reconfortavam. De repente senti o seu corpo a levantar – se do banco do jardim onde estávamos sentados, pegou – me a mão e puxou – me para cima. Começei a ouvir música vinda do telemóvel dele, puxou – me contra si e disse:

- Como se fosse a última vez…
As lágrimas quase me escorriam pela cara, mas não, não poderia estragar aquele momento, não podia mostrar fraqueza, por muito que me custasse.

Senti os seus lábios a esmagarem os meus mais uma vez, os nosso corpos colados e as minhas mãos deslizavam pelas costas dele, quando que as dele se dirigiam para os meus cabelos loiros. Naquele momento sentia – me uma autêntica montanha – russa, sentia – me feliz por estar com ele, por ele me amar, mas por outro lado só me apetecia chorar…

As nossas bocas despegaram – se, e senti os seus braços a envolverem – me, colámos os nossos corpos e dançámos uma músiquinha. No meio dos nossos corpos circulava o desejo, o desejo de cometer loucuras, o desejo de o amar fisicamente, e mesmo que ele não o verbaliza- se eu conseguia interpretar. Quando a música acabou pus – me em bicos dos pés para lhe beijar o nariz, ele sorriu, e inevitavelmente escorreu uma lágrima pela minha cara.
- Vem comigo princesa –  puxou – me tão bruscamente que tropecei.

Fomos na mota dele até um sitio que eu não sabia que existia, a um sitio cuja paisagem me fazia esquecer todos os meus dramas…

- Gostas? – Perguntou ele, com o seu sorriso pepsodente e com os seus olhos verdes a brilhar.

- Se eu gosto? EU AMO!!

Sorriu – me, pegou em mim e rodopiou comigo no ar. Acabamos por cair os dois na areia, visto que estávamos os dois num género de praia.
Caímos de forma a que eu ficasse quase em cima dele. Olhou – me com um olhar perfurante mas ardente de desejo, não era que não sentisse o mesmo mas tinha medo. Senti a mão dele a entrar dentro da minha camisola, peguei na mão dele e neguei:

- Eu respeito – disse ele sorrindo.

O que mais poderia eu querer? Tinha um namorado perfeito, que me amava não interessa o meu estado, físico ou psicológico, que está sempre lá para mim… Pena é isso possa tudo acabar amanhã… 








Espero que gostem, e deixem as vossas opiniões
Beijo